Os jornalistas da lusofonia, incluindo Angola, realizaram, nesta sexta-feira, uma visita ao Eixo Central de Pequim, com destaque para o Templo do Céu, um dos maiores símbolos da história e da cultura milenar chinesa.
O Eixo Central de Pequim, com mais de 7,8 quilómetros de extensão, é considerado o coração histórico e espiritual da capital chinesa, ligando importantes monumentos e complexos arquitectónicos que representam a evolução urbanística e política da cidade capital da República Popular da China.
Entre os seus pontos mais emblemáticos está o Templo do Céu, construído no início do século XV, durante a dinastia Ming, e reconhecido pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.
Na presença de milhares de pessoas oriundas de vários países do mundo, durante a visita guiada, os jornalistas puderam conhecer de perto o complexo arquitectónico composto por templos, jardins e pátios, que eram usados pelos imperadores chineses para realizar rituais de adoração ao céu e orações pelas boas colheitas.
O espaço simboliza, também, a ligação entre o homem e a natureza, um dos princípios centrais da filosofia chinesa antiga.
Para quem visita o local, nota que o Templo do Céu destaca-se pelo seu projecto arquitetónico harmonioso, em que cada estrutura reflecte conceitos impares, equilíbrio e espiritualidade.
O edifício principal, conhecido como Salão da Oração pelas Boas Colheitas, é uma das construções de madeira mais impressionantes do mundo, erguida sem o uso de pregos, sustentada apenas por colunas e encaixes milimetricamente calculados. A infra-estrutura impressiona qualquer visitante, incluindo os nativos.
No final da visita, os jornalistas lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) expressaram admiração pela grandiosidade e beleza do local, bem como pela preservação do património cultural chinês.
Segundo o jornalista da Rádio Nacional de Angola, a visita proporcionou uma imersão na história imperial de Pequim, reforçando os laços culturais entre a China e os países de língua portuguesa, através do intercâmbio de conhecimento e experiências.
"Esta formação está a ser uma mais-valia, na medida em que, além de actividades de salas, os profissionais estão a viver uma experiência impar ao visitar vários lugares históricos, culturais, religiosos, turísticos, económicos e sociais", disse, salientando que tal realidade faz com que os profissionais tenham uma visão real e ampla da realidade chinesa.
Por sua vez, o jornalista Cabo-verdiano, Ricardo Castro, disse que a realidade vivida durante o período de formação é de "grande" aprendizado.
"Acho que é um momento histórico, que vai contribuir num posicionamento positivo na actuação dos jornalistas dos países contemplados", reconheceu.
Para este sábado, penultimo dia da formação de jornalistas e quadros do Ministério das Relações Exteriores e do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), que participam da formação sobre “Desenvolvimento e Cooperação de Mídia em Países de Língua Portuguesa”, vão viver uma outra experiência com a visita a "Grande Muralha (Segmento de Juyongguan), na senda da experiência cultural.