O ministro das Relações Exteriores, Téte António, disse esta segunda-feira, que Angola, pela sua localização geográfica, “viu milhares de seus filhos partirem para as Américas, durante o período do tráfico de escravos, onde ainda hoje pode-se encontrar comunidades inteiras bem localizadas e estruturadas”.
O chefe da diplomacia angolana prestou estas declarações durante a terceira Reunião Virtual do Alto Comité sobre a Década das Raízes Africanas e Diáspora, que dentre outros assuntos, passou em revista o Plano de Acção de acordo com a recomendação da 2ª Reunião do seu Alto Comité, realizada a 13 de Setembro deste ano.
O ministro considerou esta terceira Reunião do Alto Comité da Agenda da "Década das Raízes Africanas e da Diáspora Africana”, como um acto solene por ser constituída fundamentalmente pelos descendentes de filhos de África que séculos atrás partiram contra a sua vontade, para um destino desconhecido, em condições dramáticas à que apenas conseguiram sobreviver fruto do espírito de sacrifício e resiliência que os caracterizava.
O evento que se realizou a partir de Lomé, no Togo, contou também com a presença do director da Direcção África, Médio Oriente e Organizações Regionais do MIREX, Miguel Bembe e pelo director do Gabinete do ministro das Relações Exteriores, Sebastião Colense.