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“CONTINENTE ESTÁ A CONSTRUIR FUTURO DE PAZ, PROSPERIDADE E INTEGRAÇÃO”

  26 May 2025

“CONTINENTE ESTÁ A CONSTRUIR FUTURO DE PAZ, PROSPERIDADE E INTEGRAÇÃO”

O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Mahmoud Ali Youssouf, afirmou, neste domingo , em Adis Abeba, por ocasião da celebração do 25 de Maio, Dia de África, que o continente continua a construir firmemente um futuro de paz, prosperidade e integração.

Ao discursar em nome da Comissão da União Africana, o responsável abordou a jornada histórica de África e, ao mesmo tempo, apelou à tomada de medidas ousadas em direcção a um futuro justo e próspero.

“A África continua a sacrificar-se e a lutar para se libertar de conflitos, subdesenvolvimento e guerras. O continente está a construir firmemente um futuro de paz, prosperidade e integração”, disse.

“Embora a justiça e as reparações devessem ser alcançadas há muito tempo”, disse o líder da Comissão da União Africana, sublinhando que “a África não será refém da dor do seu passado”.

Mahmoud Ali Youssouf destacou os trunfos estratégicos de África, realçando a população jovem e crescente, vastas terras aráveis, riqueza mineral e abundante potencial energético renovável.

“Com uma população prevista para ultrapassar os 2,5 mil milhões até 2050, a África não é apenas o continente do futuro, é o motor da transformação global”, reforçou.O presidente da Comissão da União Africana disse, também, que há resiliência das economias africanas, com muitos países a alcançarem ganhos macroeconómicos e até mesmo crescimento de dois dígitos antes da pandemia da Covid-19.

O responsável elogiou o dinamismo dos jovens e mulheres africanos, que lideram a transformação e a inovação comunitária em todo o continente, enfatizando a importância da evolução do papel de África na governança global.

A adesão do continente ao G-20 foi saudada como “uma participação merecida” e um reconhecimento global da importância de África.“É nosso dever, como africanos, salvaguardar os nossos recursos e priorizar a agregação de valor por meio de iniciativas transformadoras, como a Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA)”, afirmou Mahmoud Ali Youssouf, sublinhando que África não deve mais ser uma reflexão tardia na geopolítica global. “Vamos reafirmar os nossos valores compartilhados e assumir a responsabilidade legítima pelo nosso futuro no cenário global.

O pan-africanismo foi forjado pelos sonhos e pela determinação dos nossos povos, mas também por meio de uma visão estratégica dos nossos líderes. Vamos honrar esse legado com acções ousadas e unidos”, acrescentou.

Mahmoud Ali Youssouf apelou a todos os africanos a que se mantenham firmes na sua identidade, busquem a justiça com coragem e moldem o futuro do continente com confiança e orgulho.

“Justiça para os africanos e afrodescendentes por meio de reparações” é o tema da celebração do Dia de África, em homenagem à memória daqueles que sofreram sob a escravidão e o colonialismo, ao mesmo tempo que sublinha o direito de África e da sua diáspora à verdade, à justiça, à restauração, à unidade e ao progresso compartilhado.

Para saber ou recordar

Desde 1972, por decisão da ONU, assinala-se o Dia de África (inicialmente nomeado Dia da Libertação de África) no dia 25 de Maio. Foi neste dia, em 1963, que os líderes dos Estados africanos descolonizados, reunidos em Adis Abeba, na Etiópia, criaram a Organização de Unidade Africana (OUA).

Por que o 25 de Maio é Dia de África?

O 25 de Maio é celebrado como o Dia de África, porque nesta data, em 1963, se realizou em Adis Abeba, Etiópia, a cerimónia de fundação da Organização da Unidade Africana.

Naquele dia, 32 países africanos recém-independentes assinaram o acto de criação da OUA, marcando um importante passo contra o colonialismo, neocolonialismo e o apartheid, para além da promoção da unidade, solidariedade e desenvolvimento do continente africano.Em 2002, a OUA foi sucedida pela União Africana (UA), que continua a missão de fortalecer a integração política e sócio-económica entre os membros. Assim, o 25 de Maio passou a simbolizar não apenas a fundação destas instituições, mas, também, a luta pela independência dos países africanos, solidariedade entre as nações do continente e o compromisso com a soberania, o desenvolvimento e a paz em África.

Em face disso, todos os anos, nesta data, governos, organizações da sociedade civil em toda a África e na diáspora promovem palestras, debates, eventos culturais e actos oficiais para celebrar a identidade, a história e as conquistas africanas.

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