A produção do trigo está a ganhar espaço no Huambo e começa a ser uma das principais apostas de muitos agricultores nos últimos tempos, depois do milho e o feijão, as atenções dos homens do campo da província estão viradas para potenciar o cultivo do cereal, devido à sua procura no mercado local e do valor dos seus derivados.

A confirmação foi manifestada pelo chefe do Departamento do Instituto Nacional de Cereais, do Gabinete Provincial da Agricultura e Pesca, Tomás Canjamba, tendo revelado que, em comparação com os anos anteriores, hoje a extensão da produção do trigo na província constitui uma realidade, fruto do incentivo do Executivo, através da medida de desencorajar a importação de vários bens alimentares.

Tomás Canjamba assegurou que o Instituto Nacional de Cereais controla mais de 20 produtores nos municípios do Huambo,Ucuma,Londuimbali, Bailundo e Longonjo,onde foram identificadas potencialidades para o cultivo de trigo em grande escala.

Para além dos 20 agricultores identificados no Huambo, Ucuma, Londuimbali, Bailundo e Longonjo, existem outros camponeses do sector Familiar, que cultivam o cereal em pequenas parcelas, espalhadas nos restantes municípios, que exercem a actividade e sonham alcançar grandes hectares de produção, caso sejam apoiados.

O administrador municipal da Caála, Ruben Isaías Etome manifestou que o município controla mais de 600 produtores de trigo e desses cerca de 80 por cento beneficiam do financiamento do Fundo de Apoio de Desenvolvimento Agrário.

O engenheiro Agrónomo Salvador António revelou que, na região, o trigo, aos poucos está a ganhar espaço, graças ao empenho e dedicação dos produtores familiares e dos empresários. Já o agricultor José Balombo há três anos que cultiva o trigo.No primeiro ano desbravou três hectares, onde colheu 12 toneladas.