O Presidente da República, João Lourenço, inaugura, nesta segunda-feira , em Caxito, província do Bengo, o Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), com capacidade de armazenamento de 580 mil metros cúbicos de combustíveis (gasolina, gasóleo e gás), sendo o maior centro de estocagem do país.
Depois do corte de fita e descerramento da placa de inauguração da obra, o Chefe de Estado e a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, vão plantar uma árvore histórica no terminal oceânico.
Logo a seguir, o Presidente da República assiste a um vídeo que retrata todos os momentos de construção da obra e visita a área de armazenamento (combustíveis líquidos e gás butano), a doca de atracação de navios e a linha de enchimento de camiões, finalizando a actividade com uma conferência de imprensa.
Com um orçamento de 642 milhões de dólares, o TOBD foi construído numa área de 390 hectares em duas fases, contemplando 19 tanques, cuja obra se iniciou em 2012, ficou suspensa por quatro anos e retomou em 2018.
A empreitada contou com 96 por cento de mão-de-obra nacional, dos quais 11 por cento são mulheres, 135 soldadores certificados e 115 licenciados, sendo 63 por cento dos profissionais constituídos por engenheiros.
O secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando, que anunciou a ida de João Lourenço ao Bengo, adiantou que o terminal oceânico vai permitir aumentar grandemente a capacidade de estocagem de combustível por parte da empresa nacional de combustíveis, a SONANGOL. Com a inauguração, acrescentou, o Presidente da República vai formalizar a entrada em funcionamento de uma infra-estrutura estratégica de grande dimensão, que sem dúvidas vai marcar o antes e o depois no processo de tornar a SONANGOL mais eficiente e mais segura. Segundo Luís Fernando, Angola vai passar a ter em terra uma grande capacidade de armazenamento de combustível que nunca possuiu, o que é, por isso mesmo, um notável ganho e um enorme passo em frente na solução dos desafios logísticos do país.
Em declarações ao Jornal de Angola, o economista Mateus Congo afirmou que o Terminal Oceânico da Barra do Dande vai representar um marco no desenvolvimento económico na região Norte de Angola e elogiou o investimento feito pelo Executivo angolano.
“É de extrema importância estratégica, uma vez que o país necessita ter segurança energética.Para isso, é fundamental ter garantias de produção de energia e grande capacidade de estocagem de combustíveis. Aliás, este terminal vai ser o maior centro de estocagem do país.
Esta infraestrutura surge para assegurar que não falte produtos refinados para o consumo interno e também para reunir maior oferta de produtos refinados para a exportação.
Com este terminal, temos também como objectivo optimizar toda a logística de armazenamento e de distribuição de combustíveis a nível nacional, tornando este o principal ponto de recepção e armazenamento de produtos derivados do petróleo e do escoamento para o interior do país de forma mais segura, eficiente e menos onerosa”, destacou o docente universitário.
Com o surgimento do Terminal Oceânico, Mateus Congo defendeu a implantação do Instituto Médio de Petróleo na Zona Franca da Barra do Dande, para que os futuros alunos possam dar continuidade ao projecto e o país poupe divisas com a contratação de mão-de-obra nacional.
“É altura de se começar a pensar na construção de um Instituto Médio. Portanto, esta iniciativa não será apenas para o município e deverá estender-se para a província do Bengo, assim como o Icolo e Bengo. O terminal tem uma relevância assente em dois pilares, a segurança e a sustentabilidade”, disse, acrescentando que a Barra do Dande é um município com potencialidades turísticas e urge a necessidade de construção de infra-estruturas hoteleiras. “Vamos assistir à atracagem de navios turísticos, agora é importante que se criem infra-estruturas de hospedagem para os visitante. O Governo do Bengo tem de acompanhar o desenvolvimento deste projecto”.
TOBD para impulsionar segurança energética
A construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande, na província do Bengo, representa um dos mais importantes investimentos estratégicos para o reforço da segurança energética em Angola. O empreendimento vai permitir uma maior capacidade de armazenamento e distribuição de combustíveis no país.
O projecto, retomado em 2018 após uma suspensão de quatro anos, surge para garantir o abastecimento contínuo de produtos refinados para consumo interno, além de aumentar a oferta para exportação. Na primeira fase, o terminal terá uma capacidade de armazenamento de 580 mil metros cúbicos de gasolina, gasóleo e gás, podendo ser expandido para até 728.500 metros cúbicos, conforme a demanda do mercado.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande não só fortalece a infra-estrutura petrolífera nacional, mas também impulsiona a empregabilidade. O projecto conta com 96 por cento de mão de obra nacional, dos quais 11 por cento são mulheres, além de engenheiros e soldadores certificados que contribuem directamente para a execução da obra.
Com um custo estimado de 642 milhões de dólares, a empreitada está a cargo da empresa Odebrecht Engenharia e Construção Internacional (OECI), adjudicada pela Sonangol em 2020, por meio de concurso público.
A nova infra-estrutura reforça o compromisso do Governo em assegurar um abastecimento seguro e eficiente de combustíveis, optimizando a logística nacional e reduzindo custos na distribuição para o interior.
Infra-estrutura vai ser o maior centro de armazenamento de combustíveis
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, deslocou-se, ontem, ao Bengo, onde verificou as condições para a inauguração do Terminal Oceânico da Barra do Dande.
O ministro de Estado fez-se acompanhar pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, e pelos secretários de Estado para a Saúde Pública e Área Hospitalar, Carlos de Sousa e Leonardo Inocêncio, respectivamente, além do presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins.
Durante duas horas e meia, os governantes percorrerem as diversas áreas e receberam informações detalhadas sobre o andamento do processo até à conclusão das obras. Em consequência do surto de cólera que assola a região, os profissionais do Ministério da Saúde realizaram trabalho de desinfestação da área. No final da visita, a delegação ministerial não prestou quaisquer informações à imprensa.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) vai ser o maior centro de estocagem de combustíveis do país. Trata-se de um projecto de impacto económico e social com benefícios estratégicos, alinhado à perspectiva do crescimento e consolidação do sector petrolífero nacional.
O terminal tem ainda como objectivo optimizar toda a logística de armazenamento e de distribuição de combustíveis a nível nacional, tornando este o principal ponto de recepção e armazenamento de produtos derivados do petróleo e do escoamento para o interior do país de forma mais segura, eficiente e menos onerosa.
O Terminal Oceânico da Barra do Dande é um empreendimento desenvolvido pela Sonangol, que, em 2020, adjudicou a construção do terminal através de concurso público.