A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, reafirmou, nesta quinta-feira, em Luanda, que um dos propósitos da governação é assegurar a criação de condições para que todos os alunos portadores de deficiência ou com limitações no desenvolvimento cognitivo possam estar inseridos no sistema normal de ensino.
A posição foi manifestada no final da jornada de trabalho efectuada à Escola Especial do Rangel, 9001, do Distrito do Benfica, e à Escola 42, do Talatona. Durante a actividade de campo, acompanhada da ministra da Educação, Luísa Grilo, do secretário de Estado do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Eugénio Alves da Silva, e do administrador municipal do Talatona, Rui Josefo Duarte, a Vice-Presidente Esperança da Costa justificou a jornada, realizada no limiar do início do novo ano lectivo, à necessidade de identificar as melhorias nas instituições do ensino geral e no subsistema do ensino superior.
A decisão do início da visita de trabalho de quase sete horas pela escola de inclusão do Rangel, disse, visou deixar clara a preocupação do Executivo com o processo de inclusão das pessoas portadoras de deficiência no sistema de ensino, mas que possam também participar e permanecer no ensino normal.
Esperança da Costa revelou que, embora a escola especial tenha várias valências, existe a necessidade de beneficiar de "várias intervenções profundas”, algumas delas "referente às infra-estruturas e outras ao equipamento adequado”, que permita o "desenvolvimento cognitivo” dos estudantes portadores de deficiência.
"É uma escola que queremos seja inclusiva e que atenda também os alunos chamados normais, mas que precisa de investimento ao nível de recursos humanos. O Ministério da Educação e a própria escola vão identificar aquilo que são as necessidades para aumentar a capacidade de resposta”, esclareceu, reforçando haver "toda a necessidade e demanda” de Luanda promover a inclusão de alunos portadores de deficiência e com limitações no desenvolvimento cognitivo.
No Distrito Urbano do Benfica, a Vice-Presidente da República tomou contacto com as condições preparadas para o ano lectivo 2023/2024. Esperança da Costa considerou a Escola nº 9001 como uma das primeiras existentes no país, com cerca de 30 anos, assegurando a importância de dotá-la de "capacidade de formação e de atendimento à população” no que diz respeito ao ensino "técnico-profissional”.
"Temos uma grande necessidade e demanda no ensino geral, mas há sobretudo muita juventude que pode ser ali formada, com habilidades e competências para ser inserida rapidamente no mercado de trabalho”, disse, alertando para a necessidade de se olhar para "aquela área com sentido de efectuarmos um redimensionamento da distribuição das várias escolas” de ensino geral ou técnico-profissional, para "respondermos mais rapidamente e podermos acomodar a necessidade de empregabilidade”.