O ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino Azevedo, defendeu, nesta quarta-feira, no Porto Amboim, a necessidade do aprofundamento dos estudos geológicos sobre a existência de recursos minerais na província do Cuanza-Sul. “Urge a necessidade da realização de estudos profundos, para podermos falar da possibilidade da extracção económica de certos mineiros, por exemplo o ferro, cujo teor deve ter mais de 50 por cento”, rematou num encontro com membros do Governo do Cuanza-Sul sobre as potencialidades locais.
O governante especificou ainda a barite, utilizada na indústria petrolífera, tendo sublinhado não haver necessidade da importação deste mineiro, pois existe no país.
O ministro ressaltou que o Planageo deu algumas anomalias geofísicas, que expostas em cartas geológicas são instrumentos para as empresas trabalharem e decidirem em que áreas pretendem fazer concessões, um trabalho que pode levar entre cinco e 15 anos. "Daqui, urge a necessidade de uma legislação atractiva para os investidores, para a exploração de recursos minerais e petrolíferos, pois tem em alto risco desde a prospecção, pesquisa e exploração”, realçou.
Recursos minerais, petróleo e gás
Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Geológico de Angola, José Manuel, que falou sobre "as potencialidades geológicas e mineiras da província do Cuanza-Sul”, sublinhou que, no âmbito do Plano Nacional de Geologia (Planageo), a província possui 12 cartas geológicas com várias ocorrências.
"No âmbito do Planageo, procurou-se a existência de ocorrências de alguns minerais que carecem de um trabalho mais aturado que podem chegar a depósitos ou a minas”, disse, acrescentando ter sido apurado a existência de alguns minerais ferrosos, manganês, calcários, gesso, cobre, cobalto, barite, níquel, pedras preciosas, ouro, prata e zinco, quartzo, águas medicinais, chumbo e bário.
O PCA da Agência Nacional dos Recursos Minerais, Jacinto Rocha, que abordou sobre as concessões e outorga na província do Cuanza-Sul, disse que já foram emitidos 20 títulos, nove dos quais para a prospecção e 11 para exploração de diamantes, metais não ferrosos e metais básicos, águas medicinais, calcários, gesso, quartzo e outros.
Já o administrador da Endiama, Laureano Receado, disse que existem três concessões em prospecção e uma em produção, com três quilómetros quadrados, que merecem um estudo mais aprofundado.
" Existem informações preliminares sobre estas concessões. Já foram recuperados 128 diamantes na altura da prospecção e existem cerca de 31 mil quilates”, apontou, tendo acrescentado que estas informações ainda carecem de mais trabalho para aferir se será viável.