Um total de 44.837.532 000,00 (quarenta e quatro mil milhões e oito cento e trinta e sete milhões e quinhentos e trinta e dois mil kwanzas) foi o valor global entregue, em três anos, em todo o país, às famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade, através das transferências monetárias, no âmbito do Programa de Fortalecimento da Protecção Social-Kwenda.
Os dados foram anunciados, nesta quarta-feira, em Luanda, pelo Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), no encontro que manteve com a 4ª Comissão da Assembleia Nacional, que responde pela Administração do Estado e Poder Local, durante uma visita de constatação àquela instituição com vocação ao combate à pobreza.
Durante a reunião com os deputados, o director-geral do FAS, Belarmino Jelembi, explicou que se trata de um programa em processo de construção e aprendizado, que pretende criar políticas de apoio e assistência aos cidadãos mais vulneráveis em Angola.
Na sequência da sua abordagem, Belarmino Jelembi lembrou que no início do programa alguns cidadãos desconfiavam da maturidade e credibilidade do processo, pelo que, avançou, "houve pessoas que não aceitaram ser cadastradas no arranque”.
A título de exemplo, o director-geral do FAS referiu que já houve casos em que num determinado município tinham sido cadastradas oito mil beneficiários, mas que, segundo ele, na altura do pagamento dos valores apareceram mais três mil cidadãos não inscritos no programa.
"A situação gerou perturbação ao processo. E, no entanto, essas pessoas, quando apareceram, não explicaram que estavam ausentes na altura do cadastramento, sendo que queriam apenas que lhes fossem pagas também”, atirou Belarmino Jelembi.
Em face disso, o director fez saber ainda que actualmente o FAS não empenha esforço para mobilizar as pessoas, pois "há uma evidência de que depois do cadastramento haverá pagamento”.
Por último, o responsável revelou que, neste momento, em Luanda, nos municípios de Icolo e Bengo e da Quiçama, mais de 21 mil cidadãos já se beneficiaram do programa do Executivo angolano.
Destes números, detalhou, mais de 15 mil foram registados em Icolo e Bengo, enquanto seis mil no município da Quiçama, na zona da Muxima e Cabo Ledo.