O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, visitou, nesta terça-feira, o Hospital Azancot de Menezes, em Luanda, onde ficou conhecer sobre os cuidados de saúde. Acompanhado da ministra da Saúde,

Sílvia Lutucuta, Tedros Ghebreyesus constatou o trabalho desenvolvido no Azancot de Menezes com destaque para as áreas materno-infantil, neonatologia e tratamento de fístulas obstétricas, uma das valências de referência da unidade.

Em declarações à imprensa, o líder da OMS sublinhou, igualmente, a importância do trabalho realizado no tratamento das fístulas obstétricas afirmando que “mais de 700 mulheres já foram tratadas naquela unidade de saúde, facto que no seu entender representa uma verdadeira devolução de vida e dignidade".

Acrescentou, também, estar “impressionado com o profissionalismo das equipas e com a humanização do atendimento” e que os progressos resultam “do empenho do Governo e do forte investimento feito nos cuidados de saúde, especialmente para as mulheres e crianças”.

Por sua vez, a ministra da Saúde destacou os avanços estruturais e humanos registados no sector afirmando que o país tem investido “fortemente em infra- estruturas, equipamentos e sobretudo na formação de quadros”.

Desde 2018, mais de 46 mil profissionais foram admitidos dos quais 80% reforçam os cuidados primários e cerca de 80% da assistência prestada no país ocorre neste nível contribuindo de forma decisiva para a redução dos indicadores de mortalidade materna e infantil.

Relativamente à malária, recordou, ainda, que esta continua a ser a principal causa de morte, em Angola, afectando sobretudo crianças e grávidas. “A prevenção, o saneamento básico e a mudança de comportamentos são responsabilidades de todos. Só com uma abordagem multissectorial conseguiremos reduzir o impacto da doença”, concluiu.