O Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento iniciou, nesta segunda-feira, a campanha de cirurgias cardíacas pediátricas para crianças diagnosticadas com tetralogia de Fallot, comunicação interventricular (CIV), comunicação interatrial (CIA) e persistência do canal arterial (PCA).
O primeiro dia ficou marcado por três intervenções, tetralogia de Fallot, persistência do canal arterial, e interrupção do arco aortico com banding da artéria pulmonar em Lactente de 33 dias de vida, transferido do hospital do bengo, sendo uma situação de urgência.
Os procedimentos foram conduzidos pelos médicos Gade Miguel e Joseneidy Carvalho, em parceria com o cirurgião cardíaco pediátrico convidado, Stefano.
A grande novidade da campanha é a realização, pela primeira vez, na história do CHDCP, de cateterismos cardíacos pediátricos — um procedimento invasivo utilizado para diagnóstico e tratamento de doenças estruturais do coração.
De acordo com a Diretora-Clínica do CHDCP, Francisca Quifica, entre 15 e 20 de setembro serão tratadas dez crianças cirurgicamente, três serão submetidas ao cateterismo de intervenção e quatro a cateterismo diagnóstico. “
É a primeira vez que realizamos este procedimento no nosso hospital. Das sete intervenções, duas serão terapêuticas e cinco de caráter diagnóstico”, referiu.
A responsável destacou ainda a presença em Angola de um cardiologista de intervenção estrangeiro, que se junta à equipa local na execução dos procedimentos.
As cirurgias inserem-se na quarta missão realizada em parceria com uma associação internacional sem fins lucrativos, que promove anualmente cerca de 35 deslocações em todo o mundo, com o objetivo de apoiar o tratamento de crianças com patologias cardíacas congénitas.
Já a chefe do Serviço de Cardiologia Pediátrica do CHDCP, Maria da Glória Mawete, explicou os critérios de seleção dos pacientes: “Foram escolhidas dez crianças de acordo com a sua condição clínica e o tipo de doença apresentada. São casos entre os mais comuns nas patologias cardíacas infantis”.