O ministro da Relações Exteriores, Téte António, participa, desde terça-feira, na cidade chinesa de Changsha, na Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC).
De acordo com uma nota citada pela Angop, a reunião é um encontro de alto nível que reúne representantes dos países africanos e da China, com o objectivo de acompanhar e coordenar a implementação dos compromissos assumidos durante as cimeiras do FOCAC.
A reunião é convocada em momentos estratégicos entre as grandes cimeiras do FOCAC, realizadas geralmente a cada três anos, com o propósito de ajustar estratégias e projectos de cooperação, conforme as mudanças nas necessidades dos países africanos e nas prioridades da política externa chinesa.
O encontro visa, igualmente, refinar a coordenação bilateral e multilateral, garantindo que os projectos sejam implementados com eficácia e preparadas as condições para a próxima cimeira do FOCAC, definindo temas prioritários.
Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24,8 mil milhões de dólares.
Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu a 61 por cento, isto é, para 5,55 mil milhões de dólares. Em 2018, ano em que o Presidente João Lourenço esteve em Pequim, a China aprovou uma nova linha de financiamento de dois mil milhões de dólares.
Esta parceria assenta na igualdade e benefícios mutuamente vantajosos e, além de contribuir para o desenvolvimento dos dois países, têm estado a ajudar no estabelecimento de uma nova ordem política e económica internacional e promover a democratização das relações internacionais.
Em Angola, a China opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de formação de quadros, tendo sido fundamental na construção e apetrechamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) na província do Huambo, e da Academia Diplomática Venâncio de Moura, em Luanda, e bolsas de estudo para jovens angolanos.
As relações entre Angola e a China datam de 1983, e conheceram o ponto mais alto a partir de 2000, quando o “gigante asiático” começou a fazer empréstimos ao país para a reconstrução de infra-estruturas destruídas pela guerra e para alavancar a economia nacional.