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NAVIO DE INVESTIGAÇÃO BAÍA FARTA É UMA DAS ATRACÇÕES  EM (UNOC3)

  09 Jun 2025

NAVIO DE INVESTIGAÇÃO BAÍA FARTA É UMA DAS ATRACÇÕES EM (UNOC3)

O navio angolano de investigação oceanográfica Baía Farta é uma das principais atracções da 3.ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC3), que arranca hoje, no Porto Lympia, em Nice, França. A embarcação, que se encontra atracado naquele Porto desde segunda –feira, representa o compromisso de Angola com a conservação marinha e a economia azul.

Uma nota de imprensa do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos (MINPERMAR) anunciou que o navio participou ontem na Parada Mundial de Navios Científicos, data em que se assinalou, igualmente, o Dia Mundial dos Oceanos.

Segundo a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, citada pela RNA, durante o evento vão ser apresentados os resultados de campanhas de investigação para se enfatizar a importância da pesquisa científica e da gestão sustentável dos recursos marinhos.

A governante adiantou que o Baía Farta está aberto ao público e já recebeu mais de 300 visitantes, entre cientistas e estudantes, que foram conhecer o funcionamento do navio.

“Tivemos uma receptividade muito grande. Foram feitas muitas inscrições, e algumas crianças sentiram-se atraídas pela imponência do navio e, obviamente, para saber como é que funciona”, disse.

Carmen do Sacramento Neto destacou que o evento assinala o compromisso forte do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, mas também dos parceiros, para que se faça um programa-quadro onde as várias ciências e os vários domínios oceanográficos são contemplados.

De recordar que o navio foi recebido pelo conselheiro do prefeito da cidade de Nice, Sebastien Swtca, e conta com inúmeros visitantes de diversas nacionalidades. “O navio Baía Farta serve como espaço de encontro, diálogo e divulgação de iniciativas ligadas à protecção e conservação dos recursos marinhos”, salienta o informe.

Durante o evento, que conta com a participação de representantes do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, Angola vai apresentar os resultados de campanhas de investigação para enfatizar a importância da pesquisa científica na gestão sustentável dos recursos marinhos e reforçar a posição na governança oceânica global, para além de promover colaborações internacionais em projectos.

Segundo a fonte a que o Jornal de Angola teve acesso, a iniciativa está alinhada aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 14), que trata da conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.

A Conferência, organizada pelas Nações Unidas em parceria com os Governos de França e da Costa Rica, está dividida em três segmentos estratégicos, sendo nos quatro primeiros a realização de debates sobre o sector Científico, Técnico e Financiamento Azul, a decorrer no Principado de Mónaco.

Os restantes dias (9,10,11 e 13) estão reservados para encontros de alto nível com a participação de Chefes de Estado, ministros e organismos multilaterais.

De acordo com a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, com a presença do navio Baía Farta Angola traz à UNOC-3 uma mensagem clara de que está pronta para liderar na investigação marinha, na protecção dos ecossistemas e na promoção de uma economia azul sustentável. “A ciência e o mar são alicerces do nosso desenvolvimento nacional”, salientou.

Navio Baía Farta

O navio está equipado com tecnologia de ponta para avaliação de recursos pesqueiros, amostragem ambiental, observação com ROV e investigação em mar profundo.

O projecto integra o Programa Kalunga 2025, promovido pelo MINPERMAR, com o objectivo de fortalecer a base científica para a gestão sustentável dos recursos marinhos do país.

O programa Kalunga é uma iniciativa estratégica do Governo angolano para consolidar uma presença activa e soberana de Angola no espaço oceânico.

A iniciativa envolve investigação científica aplicada (biologia marinha, pescas, oceanografia), capacitação técnica e formação de jovens cientistas, parcerias internacionais com instituições científicas e financeiras, produção de dados para políticas públicas e diplomacia azul.

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