O Corredor do Lobito vai ser aproveitado pela operadora Africell para expandir os seus serviços de tecnologias digitais e internet em grande parte do território nacional, com vista a alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda das Nações Unidas 2030, alinhada com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027.
A informação foi avançada pelo presidente executivo da Africell em Angola, Jorge Vazquez, quando discursava na cerimónia de celebração do 25° aniversário da operadora, que entrou no mercado nacional em 2023, realizada numa das unidades hoteleiras de Luanda.
Na ocasião, o gestor enalteceu as potencialidades do mercado e as excelentes relações entre os Estados Unidos da América e o Executivo angolano entre os principais factores do sucesso alcançado em pouco mais de dois anos de operações no mercado, na perspectiva de tornar o país numa ‘hub’ das telecomunicações na região, com vista à entrada na Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA).
A Africell, frisou o gestor, “está comprometida com a transformação digital em curso em Angola e em África”, e “ao fazer parte de projectos como o Corredor do Lobito”, procura fortalecer o comércio, a conectividade e a integração económica entre Angola, a Zâmbia e República Democrática do Congo
A operadora entrou no mercado angolano com a missão de prestar serviços de informação de “elevado padrão e qualidade acessíveis, de modo a impulsionar a transformação digital no país e multiplicar a conectividade nos diferentes estratos da sociedade, de forma a permitir que os cidadãos tenham cada vez mais acesso aos mecanismos digitais que permitem alcançar o desenvolvimento económico e social”.
De acordo com o presidente executivo da Africell, os investimentos até agora feitos em Angola rondam os 300 milhões de dólares, pelo que a empresa espera alargar o valor nos próximos dois anos, em função da expansão dos serviços para um número alargado de províncias a partir deste ano.
A Africell já está implantada em quatro províncias, em que dispõe de uma infra-estrutura robusta em crescimento, depois de superar os constrangimentos relacionados com a escassez de equipamentos para repetição do sinal, pelo que, até hoje, foram implantados um total de 800 sites e respectivas antenas, que permitem que 17 milhões de angolanos tenham acesso a telecomunicações rápidas.
O gestor lembrou que o programa de expansão prossegue com investimentos estratégicos em infra-estruturas e tecnologias que permitirão alcançar comunidades em mais duas províncias até ao final do ano.
Jorge Vazquez frisou que em apenas três anos, no mercado, foram criados cinco mil empregos directos e indirectos, “apoiando milhares de pessoas da nossa cadeia de suprimentos e parcerias”. “A nossa equipa é a espinha dorsal do nosso sucesso e seguimos comprometidos com o desenvolvimento, oferecendo formação e criando oportunidades de crescimento profissional”.
Pagamentos digitais
O presidente executivo da Africell disse que o lançamento da Afrimoney, em 2023, contribuiu significantemente para a inclusão financeira de considerável percentagem da população, em virtude da oferta de soluções de pagamento móvel para todos os estratos sociais, incluindo àqueles que não têm possibilidades de estar integrados no sistema bancário nacional.
Jorge Vazquez foi categórico em afirmar que, “com a Afrimoney, tornamos mais conveniente o pagamento de compras nas lojas, transporte e até mesmo serviços públicos como água e electricidade”.
Na opinião do gestor, ser operador não se limita à conectividade ou lucro, uma vez que, no seu entender, a empresa que dirige tem a missão de fazer a diferença na sociedade, motivo que está na base da criação do programa denominado ‘Africell Impacto Foundation’, através do qual “foi possível colaborar com parceiros incríveis e investir em diversos projectos de responsabilidade social”, sobretudo nos domínios da educação, desporto, arte e cultura, entre outros.