O país já realiza, desde terça-feira, com sucesso, cirurgias robóticas ao cancro da próstata. A primeira operação ocorreu no Bloco Central Cirúrgico do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, a um paciente de 60 anos, com a duração de uma hora e meia.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, enfatizou, no acto, o facto de o país estar a dar passos importantes e significativos no domínio da Saúde.

A realização, com sucesso, da primeira cirurgia robótica do cancro da próstata, apontou, é um exemplo de tal processo.

A cirurgia, disse, foi assegurada por especialistas nacionais, desde médicos anestesistas, membros da equipa de circulantes, enfermeiros, urologistas e cirurgiões, que deram o suporte para o sucesso e garantiram, que a curto tempo, os profissionais tivessem as competências necessárias.

"Com a realização da primeira cirurgia robótica do cancro da próstata, o sector está mais fortificado e assegurado em termos de cuidados e humanização dos serviços primários de saúde para a população”, disse, adiantando que a atenção do Executivo tem sido, especialmente, para a área social.

Acordos estratégicos

No quadro das parcerias estratégicas que o Ministério da Saúde tem com a Advanced Health dos Estados Unidos, para o sucesso da cirurgia, Sílvia Lutucuta disse que a equipa médica contou com a participação do cirurgião oncológico e urologista norte-americano Vipul Patel, encarregue também da formação de quadros, assim como da prestação de serviços.

O cancro da próstata, explicou a ministra, é um problema de saúde pública.

"O Executivo está preocupado com o aumento dos casos de cancro no meio da população masculina do país. Por isso, apelo a todos os indivíduos do sexo masculino, com idade superior a 40 anos, a participar na campanha massiva de rastreio, a ter lugar nos hospitais gerais de Cacuaco e Viana”, disse.

A cirurgia

Sílvia Lutucuta afirmou que foram adquiridos dois robôs, um para treinamento e outro para assistência. Os equipamentos, contou, permitiram efectuar, em uma hora e meia, a primeira cirurgia, com sucesso, num paciente com cancro da próstata localizado.

O cancro da próstata localizado, esclareceu, depende de um conjunto de factores e não passa por metástases, ou seja, não se espalhou para outras partes do corpo.

As equipas médicas, avançou, estão motivadas e prontas para os rastreios e diagnóstico dos doentes com cancro. O treinamento dos técnicos, disse, começou quando os robôs chegaram ao país.