Especialistas em Finanças aconselharam,neste sábado, em Luanda, todas as famílias angolanas, a evitarem despesas avultadas, no momento de efectuarem compras, em qualquer superfície comercial, para o período de Natal e Ano Novo.
Numa ronda efectuada pela equipa de reportagem do Jornal de Angola, por ocasião da quadra festiva, ouviu alguns especialistas em Finanças, para saber dos conselhos que devem transmitir às famílias, neste período de euforia, júbilo e ansiedade.
O especialista em controlo financeiro, Félix Sikito, disse que é notável em período festivo, o aumento da euforia, júbilo e ansiedade, por parte das pessoas, e que deve existir um controlo rigoroso na hora de fazer compras.
"Neste período é notória a euforia no seio dos consumidores em véspera natalícia a gastarem dinheiro exageradamente com alimentos, vestuário, brinquedos, bebidas e outros bens", disse, referindo que é aconselhável que se elabore um orçamento para cada despesa e que se evitem compras de última hora, ainda que se proceda a comparação dos preços disponíveis para o mesmo produto.
Félix Sikito disse ser importante considerar a forma moderada como as famílias devem gastar o subsídio de Natal, que não deve ser apenas canalizado para prendas, mas para outras despesas anuais.
O especialista defendeu que os consumidores devem optar por uma postura diferenciada e mais prudente em virtude da conjuntura económica e social que o país atravessa, onde se verifica o aumento dos produtos da cesta básica.
Apelo aos consumidores a observância rigorosa da literacia financeira, materializada na feitura de uma lista de produtos e serviços a serem adquiridos para não manchar o planeamento financeiro familiar e deslizar na contracção de dívidas", apelou.
Aconselhou a sabedoria no uso dos valores disponíveis e que uma excelente refeição não precisa de muito dinheiro. "Faça compras de acordo com as suas possibilidades, sem esquecer de poupar para os próximos dias", notou.
Já o economista Amado Baró defende que os consumidores devem ter certo cuidado em relação à execução da poupança para enfrentar o período da quadra festiva.
Afirmou que todas as famílias devem estar cientes dos recursos financeiros disponíveis para enfrentar o período festivo.
Acrescentou que se deve tentar fazer um orçamento de tudo que se pretende comprar para transitar durante a quadra festiva até à passagem do Ano Novo.
Em relação à postura adoptada por parte dos consumidores diante dos variados produtos disponíveis nas lojas, praças e supermercados, Amado Baró aconselha os consumidores a escolherem o produto mais económico.
O especialista aconselha que não se deve comprar tudo e que as famílias não se devem deixar influenciar pela pressão do mercado. "Temoss de estar cientes daquilo que precisamos e a capacidade real que possuímos para adquirir. Os consumidores que não acatarem os conselhos vão ter consequências nos primeiros meses do próximo ano", concluiu.