O Presidente da República, João Lourenço, desloca-se, esta quarta-feira, à província de Benguela, para inaugurar as centrais solares fotovoltaicas do Biópio e da Baía Farta, que vão garantir uma produção de mais de 250 Megawatts de energias limpas.
A visita de algumas horas, do Chefe de Estado, à província de Benguela, foi anunciada, ao princípio da noite de ontem, pelo secretário do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, Luís Fernando.
No entanto, a central fotovoltaica do Biópio, município de Catumbela, é considerada como a maior construída em seis das 18 províncias do país, tendo uma capacidade de produção de 188 megawatts de energia.
A energia produzida neste município vai ser interligada à rede nacional, a partir da província do Cuanza-Sul, que, depois de Benguela, será a primeira a beneficiar do fornecimento, em relação às demais integradas no sistema nacional. O projecto, orçado em mais de 200 milhões de euros, ocupa uma área de 436 hectares, nos quais, foram implantados 509.040 painéis solares.
A Empresa de Produção de Energia Eléctrica (PRODEL) justificou, através de uma fonte, que a escolha do Biópio, como maior parque solar do país, tem a ver com o facto de ser "o ponto fundamental" em infra-estruturas eléctricas, onde convergem várias fontes de energia, nomeadamente da Central Térmica da Kileva e da região Norte.
Em relação à central da Baía Farta, que também é inaugurada, hoje, pelo Chefe de Estado, sublinha-se que a mesma possui um sistema fotovoltaico de 96, 703 KWp de potência e 261.360 módulos solares, concebidos numa área que compreende 186 hectares. O financiamento do projecto é estimado em mais de 100 milhões de euros.
Além das unidades do Biópio e da Baía Farta, estão igualmente a ser construídas as centrais fotovoltaicas de Saurimo (26,91 MWp), Luena (26,91 MWp), Cuito (14,65 MWp), Bailundo (7,99 MWp) e Lucapa (7,2 MWp).
A perspectiva é de que os dois empreendimentos produzam, em conjunto, um total de 370 megawatts de energia limpa, a partir de fontes de energia renováveis.
Com a construção das sete centrais de energia solar nas localidades referenciadas, pela empresa norte-americana Sun Africa, e portuguesa MCA, Angola prevê reduzir as emissões de carbono (CO2) em cerca de 900 mil toneladas/ano.
A fonte da PRODEL também perspectiva que mais de dois milhões de cidadãos venham a beneficiar de energia eléctrica produzida a partir das sete centrais de energia solar fotovoltaicas referenciadas.